Africa Basquetebol

26 fevereiro 2013

MOÇAMBIQUE : Torneios internacionais e estágios a pensar no Afrobasket de Abidjan



O ELEVADO grau de exigência e competitivo do Afrobasket, onde marcam presença as melhores selecções africanas, obrigam a Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) a ter de envidar esforços para oferecer à equipa nacional uma preparação de bom nível.
Consciente disso mesmo, já se desenha, de acordo com o presidente da FMB, Francisco Mabjaia, um plano de preparação que deve passar pela participação em torneios internacionais e estágios extra-muros.
“Vamos pedir à equipa técnica para apresentar um programa de trabalho. Mas posso adiantar que já em conversa com os técnicos, até porque estava nas nossas contas estar no Afrobasket, a nossa ideia é participar em torneios internacionais e efectuar estágios fora do país de modo a estarmos em Abidjan em bom nível”, afirmou.
Depois de no último Afrobasket/Madagáscar 2011, Moçambique ter ocupado o décimo lugar, o objectivo traçado pela equipa técnica passa por chegar aos quartos-de-final. Sublinhe-se que a turma moçambicana, então treinada pelo espanhol Inak Garcia, foi eliminada por Angola nos oitavos-de-final.
No sentido de alcançar esse objectivo, Francisco Mabjaia assegura que a FMB tudo fará para criar as melhores condições de preparação para a Selecção Nacional. “A FMB fará o que for possível e estará disponível. Desta vez temos de estar nos quartos-de-final. Para tal contamos com ajuda dos nossos parceiros”.
De recordar que o Campeonato Africano de Basquetebol (Afrobasket) terá lugar em Abijdan, Costa do Marfim, em Agosto.
Além de Moçambique (Zona VI), estão apuradas para o Afrobasket as seguintes selecções: Argélia/Marrocos (Zona I); Cabo Verde/Senegal (Zona II), Burkina Faso (Zona III), Rep. Centro Africana, Camarões e Congo (Zona IV), Egipto (Zona V), Tunísia (campeã africana) e Angola (vice-campeã).

Com melhores condições podemos fazer melhor – Fernando Manjate (Nandinho)

“NÃO foi fácil qualificarmo-nos para o Afrobasket. Tivemos de nos empenhar para atingir o nosso objectivo”, afirma Fernando Manjate, mais conhecido nos meandros desportivos por Nandinho.
Aquele basquetebolista diz que o triunfo volumoso sobre a Zâmbia, na final, dá a entender que a partida foi jogada a um ritmo de treino, mas, segundo ele, não foi o que aconteceu. “Entrámos decididos e concentrados, se não nos tivéssemos aplicado, seria difícil vencermos a equipa zambiana, que até exibiu-se a um bom nível. Só que nós estivemos melhor e mostrámos ser superiores em todo o torneio”.
Nandinho, um dos experientes da equipa nacional, afirma que agora é preciso começar-se a trabalhar arduamente tendo em vista a participação no Afrobasket. “Temos de começar a trabalhar o mais rápido possível para que estejamos em boas condições no Campeonato Africano. Acredito que se as pessoas de direito criarem melhores condições de preparação, podemos melhorar e conseguirmos bons resultados”.
Queremos melhorar a prestação – Custódio Muchate
“VAMOS ao Afrobasket para melhorar a nossa prestação. É na preparação para esta prova que temos todos, em conjunto, que centrar as nossas atenções”, disse Custódio Muchate.
Para Custódio Muchate, jogador de maior destaque na final, se se cumprir com um programa de preparação rigoroso, com estágios fora do país e jogos de controlo contra selecções de maior dimensão, Moçambique poderá fazer história. “Temos de estar bem preparados se quisermos fazer boa figura no Campeonato Africano. O grupo já mostrou ser valioso, mas precisa de competir para ganhar maior ritmo, pois a exigência será outra”.
Muchate aposta no retorno da Liga de Basquetebol como um bom incentivo competitivo interno na preparação dos atletas nacionais. “Se tivéssemos continuado com a Liga de Basquetebol estaríamos bem melhores. Seria benéfico para a modalidade se esta prova voltasse a ser promovida”.
Em relação à prestação do combinado nacional nas eliminatórias para o Afrobasket, considera que Moçambique fez valer o favoritismo dentro de campo. “Todas as equipas tinham como objectivo estar no Afrobasket, mas nós mostrámos ter mais fundamentos para contrapor as investidas de qualquer um dos adversários. Na final não entrámos bem, mas fomos crescendo de rendimento de período em período”.

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