Africa Basquetebol

25 agosto 2011

ANGOLA : Angola e Camarões reeditam final de 2007


A selecção nacional de basquetebol disputa hoje, a noite, em Antananarivo, o acesso às meias-finais do campeonato africano da modalidade “Afrobasket2011”, que decorre no Madagáscar, diante dos Camarões, numa reedição da final de 2007.
A definição da continuação ou não dos campeões em título na prova acontece numa altura em que o basquetebol angolano vive o momento menos bom da sua história, depois da má prestação na fase de grupos (uma derrota e duas vitórias) com exibição não convincente, que culminou com o afastamento do seleccionador, o francês Michel Gomez.

“Moldada” a Jaime Covilhã, a equipa nacional vai defrontar um dos conjuntos mais esclarecidos da 26ª edição do Afrobasket, que venceu os quatro jogos até então realizados e cuja aspiração passa pela melhoria do quarto lugar obtido no campeonato de 2009, na Líbia.
A menos de 48 horas no cargo de treinador principal, Covilhã e comandados não têm muito por onde escolher, nem tempo suficiente para pensar, devendo somente partir para mais uma difícil missão de resgatar o prestígio e bom nome do basquetebol angolano, perante um adversário que tem se afirmado na modalidade nos últimos tempos.
No segundo confronto entre si na história, as duas selecções contam ainda com boa parte dos jogadores que há quatro anos disputaram a final do Afrobasket2007, no pavilhão da cidadela, em Luanda, ganha pelos anfitriões por 86-72.

Se Jaime Covilhã estreia-se no banco, o mesmo já não se pode dizer de Kikas, Morais, Mingas, Milton, Ambrósio e Armando Costa, que no reencontro nas quadras com Parfait Bitee, Franck Ndongo, Christian Bayang, Joseph Owona e Gaston Essengue certamente quererão repetir a proeza de a pouco tempo.
Apesar da deficiente campanha dos deca-campeões e excelente dos camaroneses, o favoritismo é repartido em 50 porcento, pois o adversário reconhece o potencial do conjunto angolano, no qual figuram jogadores que a qualquer altura podem fazer a diferença e resolver um jogo, sobretudo nesta fase eliminatória.
As estatísticas entre ambos pendem para o lado dos campeões em título com domínio em todos os itens, resumindo-se num total de 350 pontos marcados, 273 sofrido e diferencial de 77, em quatro partidas, contra 344 convertidos, 268 consentido e diferencial de 76.
Os angolanos têm média de altura inferior (1,96) aos camaroneses (1,99), mas superam as percentagens na luta das tabelas com 46% nos ressaltos, contra 37,8%, na média de pontos por jogos, onde totaliza 87,5% e o adversário 86%, nas assistências (13,3/11), nos lançamentos duplos (53,3/52,7), triplos (30,1/28,6) e lances livres 74,8 por cento, contra 70,5%.
Perante toda esta teoria, prevê-se bastante equilíbrio na última partida dos quartos-de-final, cujo início está marcado para as 20 horas do Madagáscar, menos duas em Angola, no pavilhão Palácio dos Desportos de Antananarivo.