Africa Basquetebol

16 agosto 2009

ANGOLA CONQUISTA TÍTULO AFRICANO: Geração de Ouro

O país está em festa. Pela décima vez em 20 anos, Angola é campeã de basquetebol. Um feito histórico, sublime e que, seguramente, levará anos a ser igualado. Ontem, em Tripoli, diante de um adversário, tradicionalmente difícil, a Côte d´Ivoire, mas a atravessar um momento de mudanças profundas na sua estrutura competitiva, a Selecção Nacional venceu, por 82-72, voltou a provar o porquê, que ao longo dos anos e das diversas gerações que a compuseram, continua a ganhar e é dominadora da bola ao cesto em África há décadas.
O país está em festa. Uma comemoração justa e merecida, apesar das dificuldades porque a selecção passou na primeira fase da competição, em Benghazi, mas que foram sendo melhoradas e ultrapassadas com exibições de bom nível nas etapas seguintes, conquistas estas que levaram, uma vez mais, à consagração do basquetebol angolano.
A vitória diante da Côte d´Ivoire marca, seguramente, a viragem para um novo ciclo: o da renovação, que se quer feito de maneira sabia e inteligente. Com um investimento seguro, técnico, desportivo e financeiramente, que permita lançar as bases para um futuro auspicioso, porque, se assim não for, dificilmente o país vai continuar a ganhar.
Diante da Côte d´Ivoire, foi um triunfo arrancado no pormenor, com as acções individuais muitas vezes a sobreporem-se aos aspectos técnicos e tácticos. Porque, embora alguns contestem – e porque o triunfo faz esquecer muita coisa -, Angola sofreu bastante (e sem necessidades) para vencer mais uma vez.
Ao intervalo, Angola perdia por um ponto (34-35), mas Joaquim Gomes “Kikas” e Carlos Morais, voltaram a ser determinantes; Olímpio Cipriano, felizmente acompanhou o ritmo e esteve muito melhor, sendo eles, muito bem assistidos, nas acções ofensivas por Armando Costa.
Porém, para controlar as operações definitivamente, ante um adversário que insistia em manter-se mano-a-mano na corrida pelo resultado mais favorável, Angola teve de recorrer à velha táctica do basquetebol angolano. Uma defesa rigorosa a toda dimensão da quadra, que resultou em pleno, dando segurança definitiva ao resultado.
No rescaldo final das contas: uma participação positiva, que resultou na conquista do décimo título africano, em 20 anos (a saga começou em 1989, na Cidadela); um feito sem igual em todo continente africano.
Sob arbitragem de Elias Coromlias (Grécia), Garcia Ortiz (Espanha) e Gode Vitalis (Quénia), as equipas alinharam e marcaram do modo que se segue:
Angola (82) – Olímpio Cipriano (16), Armando Costa (11), Carlos Morais (21), Domingos Bonifácio (3), Luís Costa, Leonel Paulo (5), Joaquim Gomes “Kikas” (15), Adolfo Quimbamba, Felizardo Ambrósio, Carlos Almeida (6), Filipe Abraão e Eduardo Mingas (4). Treinador: Luís Magalhães.
Cote d´Ivoire (72) – Philippe Amagou (18), Davon Craven, Noé Abouo (9), Issife Soumahoro, Stephane Konaté (4), Souleyman Diabate (8), Ismael Ndiaye (4), D´Horpock Aka, Monyongo Kale (3), Eric Tape (13), Namori Meite (3) e Deba Koné (4).